Sou fã número 1 da tecnologia e da internet, aliás, ganho dinheiro com isso, mas a sensação que me dá é de que as pessoas estão se tornando cada vez mais babacas devido ao mundo virtual. Da mesma forma que a informação fica cada vez mais acessível à população, o “nível de babaquice” caminha na mesma velocidade. Contraditório, não?
Quem hoje não tem um MSN, Orkut, Facebook, Blog ou Twitter? Não sou contra nada disso, muito pelo contrário, se não, o que eu estaria fazendo aqui agora? Mas temos que admitir: uma grande parte das pessoas não sabe utilizá-las. O limite de nonsense chegou ao seu nível mais baixo.
Certa vez me perguntaram como poderiam me achar no Orkut. Eu disse que era só colocar meu nome e sobrenome, ué? Mas a pessoa me respondeu que era mais fácil eu passar o meu ID. Só me faltava esta agora, já basta ter RG, CPF, Título de Eleitor, Carteira de Trabalho, PIS, PASEP...agora tenho que decorar também o meu número de ID? Ainda bem que existe o "Ctrl C" "Ctrl V"...
Mas para mim, o Twitter é o hors concours. Logo quando o Twitter foi criado em 2008, fiquei imaginando para que serviria essa "bagaça". Esse negócio de ficar seguindo o outro nunca entrou muito na minha cabeça. Será que se toda vez que sentisse uma dor de barriga, teria que avisar aos meus seguidores? Já estou até imaginando como deveria colocar o meu recado no twitter em 140 caracteres: “Pessoal, vou bem ali no meu “troninho”, mas já volto viu? Só vou dar uma “cagadinha” e deixar minha marca registrada na porcelana KKKKKKK”.
Em seguida deixaria o meu status assim: cagando
Ahhh, e além disso, colocaria a foto da minha "obra de arte" para que todos pudessem ver e diria: "Olha aí galeraaaaaaaaa, voltei...acabei de "soltar o barro", vejam se conseguem fazer um cocô tão lindo como esse?"
Há uns 2 anos, saiu uma reportagem que dizia que um homem no Canadá interrompeu a cerimônia de seu casamento para avisar aos seus seguidores que ele estava casando naquele exato momento. Será que seus seguidores verdadeiros não eram os convidados que estavam ali na cerimônia? E outra: eu ficaria muito puto se recebesse esta mensagem, afinal, se eu sou o "seguidor fiel" deste noivo, que fico o tempo todo lendo suas besteiras no Twitter, mereceria no mínimo ser convidado para comer uns "pasteizinhos" na festa, não é mesmo?
O Brasil é um dos países que mais utilizam o Twitter e isso ocorreu em um período em que aumentou o poder aquisitivo de milhões de brasileiros. E é aí que a merda foi feita de vez...Conheço gente que quando está no aeroporto, "tuita" a todo momento com informações "muito relevantes" para o mundo, mais ou menos assim:
"na fila do check in"..."ainda na fila do check in"..."aeroportos brasileiros...affff, ninguém merece!"..."acabei de fazer o check in"..."agora mais 2 horas de espera"..."vôos atrasados, então estou aqui na Casa do Pão de Queijo comendo um pão de queijo"...
Carambaaaaa...será que o Twitter foi criado para isso mesmo??? Meu Deus, se foi, tenho que tirar o chapéu para o Justin Halpern, criador do Twitter, um dos babacas mais ricos do mundo e seguido por alguns outros milhões de babacas.
É fato que não conseguimos mais viver sem elas: a informática e a internet. Mas também é fato que o mundo virtual está transformando as pessoas, principalmente nossos jovens, em verdadeiros babacas!!! Sejam reais ou virtuais.
Flávio Mestre
A irrelevância da maioria dos comentários que são postados no Twitter está fazendo uma grande parte dos seus usuários, eu inclusive, a reduzir a frequência de acesso. Mas há um outro fator que me preocupa ali: a corrida pelo número de seguidores. Parece que se dá uma importância maior do que seria razoável ao número de seguidores que cada um tem, sem levar em conta a qualidade das postagens e comentários que recebemos. Recomendo prestigiar poucos e bons. Utilizar o comando "unfollow" periodicamente é saudável. Cada um sabe o que fazer com seguidores que lhe enchem a paciência, o saco e a caixa de entrada com mensagens sem nenhuma relevância. Bravíssimo, Flávio Mestre.
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