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Flávio Mestre é administrador de empresas, tem 36 anos, nasceu em Londrina, norte paranaense, mas como tantos “paus rodados” conforme dizem os cuiabanos, “fincou” raízes em Cuiabá. Com pouco mais de 1 ano de idade, “colocou os pés” pela primeira vez em terras mato-grossenses, após uma “pequena jornada” dentro de uma boléia de caminhão que perdurou 3 dias em estradas de chão batido. Seu pai, que um ano antes chegava para “preparar o terreno”, o aguardava, junto com sua mãe e seu irmão mais velho, para então “nunca mais” sair desta terra de oportunidades. Aos 17 anos ingressou na Universidade Federal de Mato Grosso, a UFMT, no curso de Administração. Aos 21 anos se casou e se tornou pai pela 1ª vez. Ainda com 27 anos, nascia seu 2º e último filho. Aos 30, concluiu sua pós-graduação em Gestão Estratégica de Negócios, também pela UFMT. Em 2010 se tornou empresário do ramo da Web. Atualmente é sócio-proprietário do site www.webgula.com.br, um portal de pedidos de comida pela internet.

sábado, 28 de janeiro de 2012

De palhaço e malabarista, todo brasileiro tem um pouco

Todos os dias me deparo com uma cena que se tornou comum em Cuiabá. Nos cruzamentos da Av. do Cpa com Av. Mato Grosso, malabaristas fantasiados de palhaços "disputam" espaço para conseguir "míseros" centavos de motoristas que por aquelas avenidas atravessam.

No começo era apenas um, mas com o passar dos meses e como em um toque de mágica, vários deles surgiram do dia para a noite. Muitos agora se apresentam com suas namoradas ou esposas. Outros levam até seus pequenos filhos para, quem sabe, sensibilizar ainda mais os motoristas de nossa capital. Por sinal, a grande maioria não é brasileira.

De fato, no começo, até me sensibilizava com aquela situação, pois não importa se está de dia ou de noite, se estão debaixo de chuva ou de nosso sol escaldante (quase que infernal por sinal), aqueles "pobres coitados" estão sempre ali, firmes e fortes, em seus trabalhos diários.

Mas depois de um certo tempo, comecei a perceber o motivo pelo qual houve a "multiplicação dos malabaristas". Façamos uma continha rápida...se por estas duas avenidas transitam aproximadamente 150 mil veículos por dia, e se pelo menos 0,1% desses motoristas, o que dá um número de 150 carros, derem R$ 0,25 (vinte e cinco centavos) nas mãos desses artistas de rua, o "salário" mensal não sairá por menos de R$ 1.125,00 (Um mil cento e vinte e cinco reais)!!! E com um detalhe: livre de impostos!!!

Meus caros amigos...conheço, aliás, todos nós conhecemos muiiiiitaaaa gente que '"rala" o mês inteiro e não consegue receber um montante deste (os estagiários que o digam...rs). Vamos virar malabarista minha gente!!!

Brincadeiras à parte, analisemos:

Quem são os verdadeiros malabaristas e palhaços?

Claro que somos nós, pobres brasileiros que temos que trabalhar quase 5 meses por ano para pagar impostos...claro que somos nós brasileiros que, se quisermos uma educação de qualidade para nossos filhos, temos que colocá-los em escolas particulares caríssimas...claro que somos nós brasileiros que temos que nos aprisionar em nossas próprias casas com alarmes e cercas elétricas, caso queiramos um pouco de segurança, que deveria ser dever deste Estado corrupto...claro que........bom, deixa pra lá, se não vou ficar aqui "chovendo no molhado".

O "papo" está bom meus amigos, mas agora tenho que ir...vou comprar uma roupa de palhaço e treinar um pouquinho de malabarismo, afinal, ninguém sabe o dia de amanhã, não é mesmo???

Flávio Mestre

sábado, 21 de janeiro de 2012

Diferenças entre brasileiros e argentinos

Sem dúvida alguma, a rivalidade entre brasileiros e nossos vizinhos argentinos é uma das maiores do mundo. Quando o assunto é futebol então, aí nem se fala. Mas as comparações dessas duas nações não se limitam ao mundo meramente futebolístico. 

Tudo é motivo para comparação, desde um simples prato de comida até questões mais sérias, como a política (pelo menos deveria ser um assunto sério...rs).

Vejamos, então, no que somos melhores e o que "los hermanos" têm de melhor...

Argentino não é amável, não é agradecido, não é simpático e não é generoso.
Brasileiro é o contrário disso tudo.

Argentino não gosta muito de abundantes cortesias, prefere somente quando muito necessário e nem liga para a sua falta.
Brasileiro esbanja cortesia e logo explode se não é tratado da mesma maneira.

Argentino não tenta comprar ninguém com comida e regalias e desconfia de tudo.
Brasileiro gosta de receber e atender com comida e regalias; e fica desagradado quando não é tratado da mesma forma em outros países.

Argentino não é fanático por seu país e de nada dele (com exceção dos seus times de futebol). Só tem o fervor nacionalista quando atacado.
Brasileiro incorpora o seu país tanto, que qualquer coisa que fazem lá fora, e vencem, não diz “eu”, e sim “O Brasil”, mas critica o seu país por tudo estando nele, e o defende fervorosamente lá fora ou diante dos estrangeiros.

A TV argentina elogia bastante o futebol brasileiro, e quando não, só fala da Argentina.
A TV brasileira, se não tem razão para denegrir o argentino no futebol, pelo menos diz alguma coisa que demonstre que o Brasil sempre é melhor, mas jamais admite que somos inferiores a eles.

A maioria dos argentinos não tem “vida familiar” na hora de comer; o fazem de acordo com a necessidade e urgência de cada um, cozinham para todos sem se gabar, limpam e vão embora.
Os brasileiros, em sua grande maioria, têm uma vida familiar ou de amizade bem profunda na hora de comer, mas logo vai embora, sem ligar para a limpeza.

Argentino é pontual com relação a horários e compromissos.
Brasileiro não se importa muito nem com horários, tampouco com os seus compromissos, e sempre esperam que os outros os tenham paciência e compreensão.

Os cristãos argentinos são pouco afetos a demonstrações de sua fé e a um fervor público, mas são muito mais fiéis.
Os cristãos brasileiros em sua grande maioria são efusivos e demonstrativos de sua fé, e pouco fiéis.

O argentino não é muito consumista. 
O brasileiro é extremamente consumista.

A maioria dos argentinos na hora das novelas lê livros, joga ou se diverte com a família ou amigos.
Muitos brasileiros não perdem as novelas por nada.

A maioria dos brasileiros investe tempo e credibilidade no que diz a Globo e outros canais de TV nacionais, e quanto mais informados por estes ficam, mais persistem em suas convicções adquiridas.
A maioria dos argentinos assiste para se informar, mas não se deixa influenciar muito, pois, são personalistas em determinações filosóficas e convicções, e mantêm posições fortemente críticas.

Argentino tenta falar em português no Brasil, criando diminutivos terminados em “inho” completamente errados.
Brasileiro repete algumas palavras, e no demais, acha que sabe falar espanhol criando a maldita "língua portunhola", onde macaco vira "macueco", Coca-Cola vira "Cueca-Cuela".

O alfajor argentino é o melhor do mundo.
O bolo de queijo brasileiro é o melhor do mundo.

O churrasco argentino é o melhor do mundo.
A feijoada brasileira é a melhor do mundo.

Quando o Governo argentino aumenta a passagem de ônibus, os argentinos quebram tudo.
Quando o Governo brasileiro aumenta a passagem de ônibus, os brasileiros se conformam e ainda dizem que já estão acostumados com isso.

Para os argentinos (e para os Napolitanos), Maradona foi o melhor jogador do mundo de todos os tempos.
Para os brasileiros (com exceção da grande maioria corinthiana), Pelé foi o melhor de todos os tempos.

O herói argentino é Che Guevara.
O Brasil tem vários heróis, é só contar todos os ex-BBB´s.

Mas em resumo: quem é o melhor? 

Tirem suas próprias conclusões...

Saudações ou Saludos Cordiales.

Flávio Mestre

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

"Dezabafo" de um estudante brasileiro

Kerida prezidenta.

Meu nome é Genivaldson Wesley da Silva, sou estudante, tenho 18 anos e gostaria de pedir uma ajuda pra senhora, pra que os estudantes brasileiros posam ter + oportunidades no mercado de trabalho.

Primeramente, axo que as grandes empresas deveriam perguntar aos candidatos que aumejam uma vaga, si eles sabem falar portugueis também, ao invés de perguntar si sabem falar ingleis ou espanhou. Afinau de contas, a gente tem que valorisar as pesoas que sabem falar corretamente a nosa língua primero, naum é mesmo?

Eses impresários ezigem demais, querem que a gente tenha esperiência, mais como é que vamos ter si a gente naum comessar com um primero imprego?

Aki no brasil, pra conseguir uma boa vaga di imprego, tem que ter costas kentes. Meu colega, por exempro, conseguiu uma vaga na Assembréia porque a irmã dele é cazada com um deputado. Ese tipo de coiza, kerida prezidenta, é um abssurdo!!!

Outra coiza que as pesoas mais velhas falam é que nóis jovens somus preguiçozos...td mentira! Hj msm, tô escrevendu esta carta p a senhora e só tô abrev. as palavra pq axo q vossê (possu ti xamar di vossê?) já tá costumada c ese tipo de comunicassão da internet.

Ispero q esta carta di dezabafo xegue em suas mãos logo, pois axo que as coizas poderão mudar neste paíz algum dia. Qualker coiza também, vossê pode pedir ajuda para o noso es-prezidente Lula, pois ele é o maior responssável pela incrusão das minorias na sosiedade.

Cinseramente acho que a educassão no brasil melhorou muito depois que o Lula foi eleito i espero que a senhora, ops, que vossê continui asim.

Kero agradecer antesipadamente e dezejar a vossê um felis 2012.

Observassão: só fiquei na dúvida si deveria escrever prezidente ou prezidenta, mi desculpe si escrevi errado.

Xau.



sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A verdadeira "alma do negócio"

Dizem que propaganda é a alma do negócio. Realmente, não podemos negar que quem não é visto não é lembrado.

Fico impressionado com os belíssimos e inteligentes comerciais que a cada dia são criados. Pessoas bonitas, sorridentes e uma alegria contagiante no ar, tudo para passar uma boa imagem a nós, "meros" clientes.

Mas cá entre nós, vocês já entraram em um Banco e encontraram pessoas animadas, com brilhos nos olhos, para atendê-los? Os Bancos só querem uma coisa de você: o seu dinheiro. Aliás, querem que fiquemos cada vez mais endividados para poder nos oferecer um "emprestimozinho" com um "jurinho" de 130% ao ano. Mas quando precisamos tirar uma simples dúvida, como por exemplo, saber quantos dias leva para compensar um cheque de R$ 500,00, o atendente com aquele jaleco ridículo escrito "Posso te ajudar?" e com aquela cara de "bunda sem lavar", responde com uma má vontade "do caraio", como se todo mundo devesse saber a resposta.

Nessas horas ficou pensando: "cadê aquela mulher linda e maravilhosa, com dentes brancos e brilhantes da propaganda para me atender"?

Outro exemplo são as Concessionárias de Veículos, que disputam "a tapas" o horário nobre da TV. Colocam "aquele monte de gente" correndo, pulando e "saltitando como gazelas no cio", com uma sensação de liberdade tremenda quando entram em um carro. Pena que a realidade é um "pouquinho" diferente, ? Para te vender um carro, o vendedor, ops, o Consultor de Vendas te trata a "pão de ló", isso se ele achar que você terá condições de comprar, pois caso contrário, se ele achar que você tem cara de pobre, "fudeu"!!!

No entanto, acho que não existe nada pior que as Operadoras de cartão de crédito. Como é fácil conseguir um cartão hoje em dia, não? A gente não precisa nem mais se preocupar em pedir, afinal, os atendentes são tão "prestativos" que agora nos ligam quando estamos na comodidade de nossas casas, seja sábado, domingo, feriado ou dia santo.

Como é "gostoso" estar em casa em um sábado à noite, curtindo a família, tomando uma cervejinha e receber uma ligação e ouvir do outro lado da linha: "Sr. Flávio Augusto da Cruz Mestre, meu nome é Luiza Albuquerque, falo da Central de Atendimento da Credicard e para sua segurança nossa ligação está sendo gravada. O motivo de meu contato é para "estar falando" sobre as vantagens de nosso cartão de crédito...e blá blá blá"...

Juro que gostaria de entender o que se passa na cabeça de um Diretor Comercial ou de Marketing destas Operadoras. Onde será que eles leram que oferecer um cartão para uma pessoa em pleno sábado às 20:00h seria uma excelente estratégia de venda? Será que as Faculdades de hoje estão ensinando isso???

Há quase 1 década trabalho na área de suprimentos, lido com mais de 1.000 empresas pelo Brasil e pelo mundo, e quando me perguntam quais empresas elegeria como as melhores no quesito atendimento, só me vem uma na cabeça: a GVT. Por sinal (sem trocadilho...rs), as Operadoras de Telefonia no Brasil são uma das melhores quando o assunto é propaganda, pena que param por aí...

A verdadeira alma do negócio, minha gente, não é a propaganda, e sim, o ATENDIMENTO!!

Que me perdoem os marketeiros de plantão...

Flávio Mestre

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Tudo tem limite!

Termina ano, começa ano e tudo continua na mesma...pelo menos quando o assunto é TV brasileira.

É incrível como a cada dia este aparelho eletrônico fica cada vez mais parecido com o vaso sanitário.

Às vezes acho que sou exigente demais, mas será que só eu acho que Roberto Carlos já deu o que tinha que dar? 

Será que só eu acho que esses "benditos" pagodeiros, cantores de Axé e esses "projetos de cantores sertanejos" são uma m...?

Isso sem falar nas programações do fim de semana!!! Faustão, Xuxa, Gugu e Eliana...juro por Deus, me dão nojo.

O pior é saber que eles fizeram escola. Ana Hickmann, Rodrigo Faro, Celso Portiolli, Luciana Gimenez, Adriane Galisteu ainda devem perpetuar a espécie por muito tempo. É minha gente, o futuro da nossa TV não é muito promissor.

E sinceramente meus amigos, com todo respeito aos que curtem (nossa, esse verbo pegou mesmo, eita Facebook desgramado), mas não consigo entender, por mais que eu queira, como uma pessoa em sã consciência consegue perder seu tempo assistindo um monte de babacas trancafiados em uma casa, falando um monte de asneiras durante 3 meses? Se bem que não sei se eles é quem são realmente os babacas.

"Chegamos" ao BBB 12, ou seja, se contarmos com o que vai começar, serão 36 meses de puro "besteirol"!!! É isso aí pessoal, o bolso do Bial agradece...

Felizes são aqueles que podem assinar uma TV a cabo ou um plano de internet, mas felizes mesmo são os que já descobriram o prazer de ler um bom livro ou já conseguiram preencher seu tempo com a família ou com o esporte.

Sei que alguns vão se perguntar se este aqui que vos escreve já não assistiu uma vez sequer este programa "tão intelectual". Claro que sim, mas não é por que experimentei droga uma vez que serei obrigado a usar o resto da vida, ?

Tudo tem limite...


Flávio Mestre



















quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A linha tênue entre o normal e o (a)normal

Tenho apenas 34 anos, sei que sou praticamente um adolescente ainda...rs, mas acho que já vi coisas nesse mundo que meus pais, quando tinham a minha idade, com certeza não devem ter visto, afinal, naquela época não havia televisão e muito menos "a tal" da internet. 

Seria ingênuo em dizer que o que acontece hoje não acontecia no passado, é óbvio que sim, o fato é que o "casamento" entre as poderosa câmera digital e o computador, acrescido da "amante" internet, fez com que muitas coisas que em um passado não tão longínquo assim, consideradas "bizarras", se tornassem "normais" em nossos dias.

Até aí tudo bem...mas o problema é que agora está ficando cada vez mais difícil saber o que é normal ou não.


Vamos aos fatos...


Há cerca de 3 anos, estava em um shopping com meus filhos, na época o mais novo tinha 4 e minha filha 9 anos, quando deparamos com uma cena a qual particularmente só tinha visto em filmes para adultos e em lugares "próprios" para os solteirões pecaminosos da minha juventude: duas mulheres se beijando (e de língua!) em pleno parquinho do referido shopping. Na verdade, eram duas garotas de 15 ou 16 anos, no máximo.


Quando me dei conta, meus 2 filhos estavam paralisados olhando aquela cena "normal". Normal? Para quem?


Quem sou eu para dizer o que é certo ou errado nesta vida. Sou da opinião de que ninguém tem direito de opinar na vida de outro, ainda mais quando mal se conhecem, cada um que faça da sua vida o que quiser (desde que não prejudique o próximo, é claro). Mas alguém poderia me explicar EXATAMENTE quais são as palavras corretas as quais deveria dizer aos meus filhos naquele momento?


Seria correto eu dizer que eram pessoas doentes? Ou que eram safadas? Ou que era "coisa do capeta"? Ou que não receberam educação dos pais? Ou deveria dizer que amor não tem limites, mesmo sendo pessoas do mesmo sexo? Ou que "aquilo" era normal e que é assim mesmo a partir de agora, "tá tudo liberado galeraaaa!"


Como é que eu poderia explicar para meus filhos que durante a gestação, elas receberam uma "carga a mais" de testosterona, se nem mesmo a medicina chegou a um consenso até hoje? Que direito eu tenho de julgar aquelas duas meninas por terem "nascido assim"?


Juro que até agora, após 3 anos, não consegui encontrar uma resposta...mesmo porque nem sei mais diferenciar o normal do anormal.


A verdade é uma só...ser normal está ficando cada vez mais anormal!!!


Flávio Mestre

domingo, 25 de dezembro de 2011

A difícil arte do elogio

É impressionante como reclamamos das coisas. Que atire a primeira pedra aquele que consegue passar um dia inteiro sequer sem reclamar de pelo menos alguma "coisinha". Seja do marido que chegou tarde do trabalho, seja da esposa que gastou mais do que devia no shopping, seja do filho que tirou nota baixa na escola, seja do vizinho que ficou até mais tarde com música alta na festa do seu aniversário, seja porque perdeu horas no congestionamento ou seja porque seu chefe acha que você não veste a camisa da empresa.

Mas como é difícil elogiar!!!

Sem dúvida, 9 entre 10 pessoas "preferem" reclamar a fazer um elogio. É quase um instinto humano! Existe, inclusive, um site chamado www.reclameaqui.com.br, onde pessoas podem reclamar de compras que fizeram mas que nunca não chegaram ou para reclamar do atendimento das empresas.

Não que seja contra, muito pelo contrário, acho que devemos reclamar mesmo deste atendimento abaixo da linha da precariedade que 90% das empresas brasileiras insistem em prestar. Se reclamando já é difícil, imagine se ficarmos de boca fechada!! Trabalho na área de compras há quase 8 anos e dá para contar nos dedos o número de vezes que um fornecedor cumpriu com o acordado.

Mas o que quero dizer, é que se as pessoas tivessem o mesmo ímpeto de reclamar para elogiar, acredito que o mundo poderia ser bem melhor.

Voltemos aos exemplos acima.

É comum as esposas reclamarem que o marido vive chegando tarde em casa (é claro que existem casos e casos), mas será que ele não esteja se sacrificando um pouco agora, para dar um conforto maior à sua família?

Vivo dizendo que um cartão de crédito na mão de uma mulher pode ser pior que um assalto ao Banco. Que marido nunca se desesperou após "umas comprinhas" da esposa em um sábado à tarde? Mas tenho a certeza de que a grande maioria não elogia a esposa após uma "repaginada" no cabelo (se bem que muitas vezes é pura distração de nossa parte...rs).

E o filho que tirou nota baixa? O pai só fica sabendo da "bomba" quando chega o boletim. Mas será que na época das provas não pôde "perder" um tempinho para estudar junto com o filho? Agora é fácil reclamar...

O trânsito está caótico? Mas por que ao invés de ir a pé ou pegar um ônibus no dia de rodízio, você prefere comprar outro carro com final de placa ímpar? Pare de só ficar reclamando do Governo e faça também a sua parte.

Ouço muita gente reclamar de seus chefes, mas se esquecem de que empresa não é lugar de fazer amizades. Neste caso, se quiser um elogio, faça por merecer, comece parando de reclamar dele. E vale uma dica: às vezes, o simples silêncio já é um elogio.

E você? É dos que vê o copo meio cheio ou meio vazio?


Flávio Mestre

domingo, 18 de dezembro de 2011

Orgulho de ser brasileiro?

Ao me levantar para cantar o Hino Nacional durante a cerimônia de graduação de meu irmão mais novo, no último dia 17 de dezembro, senti pela primeira vez uma sensação diferente das outras milhares de vezes que repeti este nobre ato cívico.

Me lembro claramente que todas às quintas-feiras, todos os alunos do colégio onde estudei na minha infância, eram obrigados a se posicionarem em filas nas quadras e corredores para cantarem o Hino Nacional. Confesso que na minha ingenuidade de criança, achava aquilo uma chatice, mas só depois, com o passar dos anos, me dei conta da importância de todo aquele "ritual".

No entanto, com o passar dos anos, aquele arrepio tradicional que sentia quando o Hino terminava, foi ficando cada vez menos intenso. Parece coisa de "boiola" falando assim, mas se tem uma coisa que me fazia arrepiar era isso: ouvir e cantar o Hino Nacional Brasileiro, seja em qual evento fosse.

No entanto, a "sensação diferente" citada no primeiro parágrafo, me preocupou. Pela primeira vez, após anos, me senti como se estivesse na 4a série do primário, ou seja, forçado a fazer algo a qual não queria: cantar o Hino Nacional. O que era prazer voltou a virar obrigação e todos sabemos que o que se faz por obrigação não é tão bom assim, não é mesmo?

Será que perdi o orgulho de ser brasileiro só por que não aguento mais ouvir que nossos políticos são corruptos?

Ou por que tenho que trabalhar 5 meses no ano só para pagar impostos?

Ou por que não temos saúde, educação, segurança e estradas decentes?

Ou por que sou obrigado a pagar um salário de mais de quase R$ 800,00 para todo preso que matar um amigo ou parente seu ou meu?

Ou por que pago R$ 3,00 pelo litro da gasolina em um país auto-suficiente em petróleo?

Ou por que o preço do kilo da carne é de R$ 50,00 e sei que poderia pagar por metade deste valor?

Ou por que as coisas no Brasil só funcionam via "jeitinho brasileiro" ou via "costas quentes"?

Ou por que não devo desacatar um funcionário público pois posso ser preso, mas posso ser desacatado pelo funcionalismo público todas as vezes que preciso dele?

Ou por que só fica famoso no Brasil quem tem bunda grande e nada na cabeça?

E por falar nisso...vem aí mais um BBB!! Nossos heróis..."que orgulho de ser brasileiro"!!!

Flávio Mestre

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Pobre é uma desgraça!

Você é pobre se...

- Está em plenas férias e fica postando fotos nas redes sociais em que praia está naquele momento para os amigos...rico não faz isso, pois já virou rotina!!!

- Seus amigos do "Face" comentam a sua foto "aí de cima" dizendo: "Aproveita bem esta cidade maravilhosa amigo, conheço aí também, é show!!!"...Além de você ser pobre, seus amigos também são...de fato, pobre puxa pobre!!!

- Coloca frases no MSN do tipo: "Aí galera, vou passar o reveillon em Copacabana, guenta eu"...rico não faz isso...mesmo porque rico não passa reveillon no RJ, vai para Paris, Cancun ou Veneza!!!

- Posta fotos no "Face" com o rótulo do whisky Red Label ou da vodka Smirnoff virada para a câmera, junto com os amigos, só para dizer que toma "coisa boa"...rico não faz isso...aliás, rico toma champagne francês à luz de velas com a pessoa amada ou com no máximo 2 casais de amigos, afinal, quem gosta de aglomeração é mosquinha de ferida!!!

- Fica mandando mensagens dizendo que está fazendo check-in no aeroporto de Congonhas (grande merda!) e que está a caminho de casa após uma longa viagem que fez ao Nordeste brasileiro...rico não faz isso, viaja com o jatinho próprio para o exterior!!!

- Tira foto do prato de camarão ou da lagosta e posta no "Face": "Isso sim que é vida!!!"...só que não  escreve que ficou chateado(a) porque o restaurante não aceitava ticket refeição!!!

Que me perdoem meus amigos, parentes ou inimigos (se é que eu os tenho), mas se você se identificou com qualquer uma das situações acima, sinto lhe dizer: POBRE é uma desgraça!!!


Flávio Mestre

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Bullying

É engraçado como as coisas mudam. Quando era criança, perdi as contas de quantos apelidos me colocaram na escola: “anão”, “magricela”, “salva-vidas de aquário”, “tampinha” e por aí vai.Tudo isso porque sempre fui o menor da sala, sem falar na minha magreza quase raquítica...

Aliás, até hoje estes apelidos caberiam, já que não passei dos 1,69 m (e meio!) de altura e continuo com o corpinho de “chassi de frango”...

Nem por isso deixava me abalar e nem saia chorando para os meus pais dizendo que estava sendo humilhado pelos meus colegas em sala de aula, ou nos termos de hoje, que estava sofrendo bullying. Para quem não sabe o que isso significa (acho quase impossível nos dias de hoje), mas enfim, bullying é um termo em inglês que significa humilhar alguém, através de palavras, gestos ou ações.

Mas os tempos eram outros (se bem que não faz tanto tempo assim né?), só uns 20 a 25 anos atrás...as pessoas mudaram, as Leis mudaram, enfim, o mundo mudou...mas o que mudou mesmo, de fato (e pra pior), foi a graça de ser criança. Afinal de contas, dar apelido para os outros faz parte das brincadeiras de infância, é algo que existe há vários e vários anos, mas por que só agora isso virou algo tão "pecaminoso"???

Até hoje, quando encontro com algum amigo de infância, sempre vem à tona os velhos apelidos e sabem o que acontece?? Damos muita risada...No entanto, hoje, os próprios pais dizem: "- Meu filho, se algum coleguinha te chamar de mocorongo, 4 olhos ou filho de cruz-credo, fale para o papai, porque vou processar os pais dele, viu?"

Me desculpem os que não concordam comigo (e nem estou pedindo também), mas para mim, este tipo de pai é um frustrado, um verdadeiro BABACA que está transformando o seu filho em um ser intransigente. Tenho a mais absoluta certeza de que esses filhos serão pessoas com sérios problemas no futuro, tanto na vida pessoal como profissional (vish, falei igual ao "legal" do Faustão agora)!

Claro que não sou a favor da violência física, o que não concordo é que quase tudo o que é dito hoje é bullying ou dano moral!! Daqui a pouco vai virar matéria escolar!! Já estou imaginando os capítulos da "Matéria Bullying":

Capítulo 1 - O que é Bullying?
Capítulo 2 - Palavras que você não pode dizer aos amiguinhos
Capítulo 3 - Como processar alguém por bullying
Capítulo 4 - Exemplos de bullying

E por aí vai...

A verdade é que o mundo está ficando chato. Xingar alguém ou falar um palavrão, por exemplo, está ficando cada vez mais complicado com "esse negócio" de bullying. Vejamos como devemos falar agora na era pós-bullying:

Desejo veementemente que V.Sa. receba contribuições inusitadas em vossa cavidade retal. (Vá tomar no c...)

Desejo veementemente que V.Sa. performe fornicação na imagem de sua própria pessoa. (Vá se f...)

Pare de inflar o volume da minha bolsa escrotal. (Pare de encher o meu saco)

Vou impulsionar a extremidade do meu membro inferior contra a sua região glútea. (Vou te dar um pé na bunda)

Sequer considerando a prática de conúbio carnal. (Nem f...dendo)

Derramar água pelo chão através do tombamento violento e premeditado de seu recipiente. (Chutar o balde)

E o pior de todos...

O orifício circular conjugado, localizado na parte ínfero-lombar da região glútea de um indivíduo em avançado estado etílico, deixa de estar em consonância com os ditames referentes ao direito individual de propriedade. (C...de bêbado não tem dono)

É meus amigos... difícil!!!

Flávio Mestre