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Flávio Mestre é administrador de empresas, tem 36 anos, nasceu em Londrina, norte paranaense, mas como tantos “paus rodados” conforme dizem os cuiabanos, “fincou” raízes em Cuiabá. Com pouco mais de 1 ano de idade, “colocou os pés” pela primeira vez em terras mato-grossenses, após uma “pequena jornada” dentro de uma boléia de caminhão que perdurou 3 dias em estradas de chão batido. Seu pai, que um ano antes chegava para “preparar o terreno”, o aguardava, junto com sua mãe e seu irmão mais velho, para então “nunca mais” sair desta terra de oportunidades. Aos 17 anos ingressou na Universidade Federal de Mato Grosso, a UFMT, no curso de Administração. Aos 21 anos se casou e se tornou pai pela 1ª vez. Ainda com 27 anos, nascia seu 2º e último filho. Aos 30, concluiu sua pós-graduação em Gestão Estratégica de Negócios, também pela UFMT. Em 2010 se tornou empresário do ramo da Web. Atualmente é sócio-proprietário do site www.webgula.com.br, um portal de pedidos de comida pela internet.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A linha tênue entre o normal e o (a)normal

Tenho apenas 34 anos, sei que sou praticamente um adolescente ainda...rs, mas acho que já vi coisas nesse mundo que meus pais, quando tinham a minha idade, com certeza não devem ter visto, afinal, naquela época não havia televisão e muito menos "a tal" da internet. 

Seria ingênuo em dizer que o que acontece hoje não acontecia no passado, é óbvio que sim, o fato é que o "casamento" entre as poderosa câmera digital e o computador, acrescido da "amante" internet, fez com que muitas coisas que em um passado não tão longínquo assim, consideradas "bizarras", se tornassem "normais" em nossos dias.

Até aí tudo bem...mas o problema é que agora está ficando cada vez mais difícil saber o que é normal ou não.


Vamos aos fatos...


Há cerca de 3 anos, estava em um shopping com meus filhos, na época o mais novo tinha 4 e minha filha 9 anos, quando deparamos com uma cena a qual particularmente só tinha visto em filmes para adultos e em lugares "próprios" para os solteirões pecaminosos da minha juventude: duas mulheres se beijando (e de língua!) em pleno parquinho do referido shopping. Na verdade, eram duas garotas de 15 ou 16 anos, no máximo.


Quando me dei conta, meus 2 filhos estavam paralisados olhando aquela cena "normal". Normal? Para quem?


Quem sou eu para dizer o que é certo ou errado nesta vida. Sou da opinião de que ninguém tem direito de opinar na vida de outro, ainda mais quando mal se conhecem, cada um que faça da sua vida o que quiser (desde que não prejudique o próximo, é claro). Mas alguém poderia me explicar EXATAMENTE quais são as palavras corretas as quais deveria dizer aos meus filhos naquele momento?


Seria correto eu dizer que eram pessoas doentes? Ou que eram safadas? Ou que era "coisa do capeta"? Ou que não receberam educação dos pais? Ou deveria dizer que amor não tem limites, mesmo sendo pessoas do mesmo sexo? Ou que "aquilo" era normal e que é assim mesmo a partir de agora, "tá tudo liberado galeraaaa!"


Como é que eu poderia explicar para meus filhos que durante a gestação, elas receberam uma "carga a mais" de testosterona, se nem mesmo a medicina chegou a um consenso até hoje? Que direito eu tenho de julgar aquelas duas meninas por terem "nascido assim"?


Juro que até agora, após 3 anos, não consegui encontrar uma resposta...mesmo porque nem sei mais diferenciar o normal do anormal.


A verdade é uma só...ser normal está ficando cada vez mais anormal!!!


Flávio Mestre

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