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Flávio Mestre é administrador de empresas, tem 36 anos, nasceu em Londrina, norte paranaense, mas como tantos “paus rodados” conforme dizem os cuiabanos, “fincou” raízes em Cuiabá. Com pouco mais de 1 ano de idade, “colocou os pés” pela primeira vez em terras mato-grossenses, após uma “pequena jornada” dentro de uma boléia de caminhão que perdurou 3 dias em estradas de chão batido. Seu pai, que um ano antes chegava para “preparar o terreno”, o aguardava, junto com sua mãe e seu irmão mais velho, para então “nunca mais” sair desta terra de oportunidades. Aos 17 anos ingressou na Universidade Federal de Mato Grosso, a UFMT, no curso de Administração. Aos 21 anos se casou e se tornou pai pela 1ª vez. Ainda com 27 anos, nascia seu 2º e último filho. Aos 30, concluiu sua pós-graduação em Gestão Estratégica de Negócios, também pela UFMT. Em 2010 se tornou empresário do ramo da Web. Atualmente é sócio-proprietário do site www.webgula.com.br, um portal de pedidos de comida pela internet.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Orgulho de ser brasileiro?

Ao me levantar para cantar o Hino Nacional durante a cerimônia de graduação de meu irmão mais novo, no último dia 17 de dezembro, senti pela primeira vez uma sensação diferente das outras milhares de vezes que repeti este nobre ato cívico.

Me lembro claramente que todas às quintas-feiras, todos os alunos do colégio onde estudei na minha infância, eram obrigados a se posicionarem em filas nas quadras e corredores para cantarem o Hino Nacional. Confesso que na minha ingenuidade de criança, achava aquilo uma chatice, mas só depois, com o passar dos anos, me dei conta da importância de todo aquele "ritual".

No entanto, com o passar dos anos, aquele arrepio tradicional que sentia quando o Hino terminava, foi ficando cada vez menos intenso. Parece coisa de "boiola" falando assim, mas se tem uma coisa que me fazia arrepiar era isso: ouvir e cantar o Hino Nacional Brasileiro, seja em qual evento fosse.

No entanto, a "sensação diferente" citada no primeiro parágrafo, me preocupou. Pela primeira vez, após anos, me senti como se estivesse na 4a série do primário, ou seja, forçado a fazer algo a qual não queria: cantar o Hino Nacional. O que era prazer voltou a virar obrigação e todos sabemos que o que se faz por obrigação não é tão bom assim, não é mesmo?

Será que perdi o orgulho de ser brasileiro só por que não aguento mais ouvir que nossos políticos são corruptos?

Ou por que tenho que trabalhar 5 meses no ano só para pagar impostos?

Ou por que não temos saúde, educação, segurança e estradas decentes?

Ou por que sou obrigado a pagar um salário de mais de quase R$ 800,00 para todo preso que matar um amigo ou parente seu ou meu?

Ou por que pago R$ 3,00 pelo litro da gasolina em um país auto-suficiente em petróleo?

Ou por que o preço do kilo da carne é de R$ 50,00 e sei que poderia pagar por metade deste valor?

Ou por que as coisas no Brasil só funcionam via "jeitinho brasileiro" ou via "costas quentes"?

Ou por que não devo desacatar um funcionário público pois posso ser preso, mas posso ser desacatado pelo funcionalismo público todas as vezes que preciso dele?

Ou por que só fica famoso no Brasil quem tem bunda grande e nada na cabeça?

E por falar nisso...vem aí mais um BBB!! Nossos heróis..."que orgulho de ser brasileiro"!!!

Flávio Mestre

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