Todos os dias me deparo com uma cena que se tornou comum em Cuiabá. Nos cruzamentos da Av. do Cpa com Av. Mato Grosso, malabaristas fantasiados de palhaços "disputam" espaço para conseguir "míseros" centavos de motoristas que por aquelas avenidas atravessam.
No começo era apenas um, mas com o passar dos meses e como em um toque de mágica, vários deles surgiram do dia para a noite. Muitos agora se apresentam com suas namoradas ou esposas. Outros levam até seus pequenos filhos para, quem sabe, sensibilizar ainda mais os motoristas de nossa capital. Por sinal, a grande maioria não é brasileira.
De fato, no começo, até me sensibilizava com aquela situação, pois não importa se está de dia ou de noite, se estão debaixo de chuva ou de nosso sol escaldante (quase que infernal por sinal), aqueles "pobres coitados" estão sempre ali, firmes e fortes, em seus trabalhos diários.
Mas depois de um certo tempo, comecei a perceber o motivo pelo qual houve a "multiplicação dos malabaristas". Façamos uma continha rápida...se por estas duas avenidas transitam aproximadamente 150 mil veículos por dia, e se pelo menos 0,1% desses motoristas, o que dá um número de 150 carros, derem R$ 0,25 (vinte e cinco centavos) nas mãos desses artistas de rua, o "salário" mensal não sairá por menos de R$ 1.125,00 (Um mil cento e vinte e cinco reais)!!! E com um detalhe: livre de impostos!!!
Meus caros amigos...conheço, aliás, todos nós conhecemos muiiiiitaaaa gente que '"rala" o mês inteiro e não consegue receber um montante deste (os estagiários que o digam...rs). Vamos virar malabarista minha gente!!!
Brincadeiras à parte, analisemos:
Quem são os verdadeiros malabaristas e palhaços?
Claro que somos nós, pobres brasileiros que temos que trabalhar quase 5 meses por ano para pagar impostos...claro que somos nós brasileiros que, se quisermos uma educação de qualidade para nossos filhos, temos que colocá-los em escolas particulares caríssimas...claro que somos nós brasileiros que temos que nos aprisionar em nossas próprias casas com alarmes e cercas elétricas, caso queiramos um pouco de segurança, que deveria ser dever deste Estado corrupto...claro que........bom, deixa pra lá, se não vou ficar aqui "chovendo no molhado".
O "papo" está bom meus amigos, mas agora tenho que ir...vou comprar uma roupa de palhaço e treinar um pouquinho de malabarismo, afinal, ninguém sabe o dia de amanhã, não é mesmo???
Flávio Mestre
Quem sou eu
- Flávio Mestre
- Flávio Mestre é administrador de empresas, tem 36 anos, nasceu em Londrina, norte paranaense, mas como tantos “paus rodados” conforme dizem os cuiabanos, “fincou” raízes em Cuiabá. Com pouco mais de 1 ano de idade, “colocou os pés” pela primeira vez em terras mato-grossenses, após uma “pequena jornada” dentro de uma boléia de caminhão que perdurou 3 dias em estradas de chão batido. Seu pai, que um ano antes chegava para “preparar o terreno”, o aguardava, junto com sua mãe e seu irmão mais velho, para então “nunca mais” sair desta terra de oportunidades. Aos 17 anos ingressou na Universidade Federal de Mato Grosso, a UFMT, no curso de Administração. Aos 21 anos se casou e se tornou pai pela 1ª vez. Ainda com 27 anos, nascia seu 2º e último filho. Aos 30, concluiu sua pós-graduação em Gestão Estratégica de Negócios, também pela UFMT. Em 2010 se tornou empresário do ramo da Web. Atualmente é sócio-proprietário do site www.webgula.com.br, um portal de pedidos de comida pela internet.
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Cirque Du Soleil da miséria dá dinheiro, olha só!
ResponderExcluirMas rapaz, era tu que tava vestido de palhaço no início da Av. Mato Grosso fim de semana passado?
heheheA
O seu mala, parou de escrever por que?
ResponderExcluirJogado à traças isso aqui, hein?
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